domingo, 26 de agosto de 2007

A Filosofia do Amor


Ao longo dos séculos, vários filósofos manifestaram suas idéias a respeito do amor, quer ressaltando seu valor positivo e exclusivamente humano, quer lendo nele a expressão inefável da transcendência, ou ainda tratando-o como meta inalcançável.

O primeiro pensador a elaborar uma reflexão ampla e profunda sobre o assunto foi Platão (428/427-347 a.C.). Na concepção do filósofo ateniense, este sentimento impulsiona o ser humano a elevar-se ao mundo ideal, onde residem a verdade, o bem e a beleza. Amor platônico significa disposição para buscar o que é eterno, perfeito e imutável, cuidando para que as paixões não o transformem num afeto físico.

No centro de sua filosofia, Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), por sua vez, realça o que considera imperativo para a humanidade: voltar ao "estado de natureza", pois o progresso tornou os homens egoístas, violentos e desordenados. O amor deve encontrar de novo sua dimensão mais autêntica, aquela que a própria natureza lhe atribuiu e os seres humanos distorceram.

Marcado pelo pessimismo, o pensador Arthur Schopenhauer (1788-1860) classifica o amor como um sentimento falso e enganoso. Segundo ele, por mais etéreo que possa parecer, o sentimento amoroso está sempre enraizado no instinto sexual e seu objetivo final é o ardente desejo de reproduzir, o que pode levar à redenção, ou seja, à entrega total do anseio pela vida. Em nome do amor, o ser humano está disposto a cometer qualquer perversidade e aceitar qualquer sofrimento. O que muitos julgam como "pessimismo" eu apenas julgo como "realismo"

Na visão do filósofo parisiense, Jean-Paul Sartre (1905-1980). A união amorosa é um conflito incurável, já que assimilar a própria individualidade e a do outro em uma mesma transcendência implica o desaparecimento do caráter de um dos dois.

Nada disso importa; nada de amor ou sentimentos das outras pessoas, o que realmente importa é o sexo!

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